segunda-feira, 18 de outubro de 2010

"Conhece-te a ti mesmo".

Frase de Sócrates, filósofo grego.
Você se conhece? 
A primeira resposta que vem a cabeça é: "Claro que eu me conheço!"


Eu pensava que me conhecia. Eu sou simpática, costumo dar bom dia a todos que passam por mim com um sorriso no rosto, chefio uma equipe, mas não mando em ninguém, sempre peço 'por favor' e 'muito obrigada', não chamo atenção para falhas em público. Já ouvi duas funcionárias comentando que quando peço, é com tanta doçura que é difícil negar a uma solicitação minha. Pavio curto sim, deixo escapar uma ou duas ofensas ou pisadas de bola, na terceira... hummm, vem chumbo quente. Mas embora geniosa, dizem que não é tão difícil conviver comigo. Nossa!!! Que beleza!!!
Foi quando nasceu o Eduardo, meu filho 'número 1', vi que ele chorava sem motivo, caçando pêlo em ovo, ele foi crescendo e vi o quanto era carente, grudento, nunca saciava sua necessidade de colo e atenção! Cresceu mais, começou a falar e frequentar escola e, apesar de muito popular entre os amiguinhos, fui vendo como é tímido, inseguro, o quanto não sabia dizer não, deixando que lhe tomassem seus brinquedinhos e o quanto ele era reclamão, lamuriento! Mesmo após um dia agradável, de brincadeiras ele achava um motivo pra reclamar de alguma coisa. Essas características de meu filhinho me incomodavam muito! Eu já as via em minha mãe, mas achava que era coisa de gente idosa.  Mas quando vi em meu filho, e percebi o quanto isso me incomodava, com o conhecimento de psicologia que tenho pude perceber na hora que esses defeitos que me incomodavam tanto nele, eram os mesmos defeitos que eu tinha, mas não enxergava, a partir daí pude amar e aceitar meu filhinho.


Então agora você sabe: quando algo lhe incomoda em uma pessoa, geralmente você tem as mesmas características que te incomodam nessa pessoa, mas não quer aceitar! Então perdoe e aceite essa pessoa de coração e tente modificar a si mesmo se não gosta dessas características! 


Agora que aos pouquinhos, lentamente tenho eliminado esses defeitos de mim, meu filho também tem se modificado. E ainda bem que comecei a me trabalhar a tempo, pois ele ainda se espelha em mim, daqui um pouco, é no pai dele em quem ele irá se espelhar, então, claro que eu continuo educando, mas fico como expectadora, torcendo para que o pai dele busque auto-conhecimento.

























Tá, mas não foi só a partir de observar o Eduardo, meu filho e o que me incomodava em pessoas do meu convívio que me levaram ao auto-conhecimento. Saber um pouco de psicologia ajuda, mas, além de que não sou psicóloga, esse não é o único caminho. Então tudo é válido: terapia com um psicólogo, florais de bach, do in, shiatsu, yoga, tai chi, meditação.
Conselho, comece pela meditação, associado a florais de bach... depois vá expandindo...
Temos medo de estarmos conosco, mergulharmos em nosso interior. Descobrir falhas e defeitos geralmente levam a frustrações e sentimentos de culpa, mas permite que você possa fazer as pazes consigo mesmo e trabalhar esses traços que não lhe fazem bem, nem as pessoas à sua volta.

2 comentários:

  1. Minha amiga, há coisas que devem ser observadas para que nossos filhos cresçam sadios fisica e mentalmente, sei que esta passagem que vou narrar é totalmente diferente da situação que você viveu, contudo serviu para evitar um trauma em meu primeiro filho. Foi assim: no ano de 1982 com três anos de casado, o dinheiro muito curto, eu passava a semana viajando pelo interior, se segunda a sexta e certo dia percebi que sempre que chovia o menino começava a chorar, aquilo me deixou preocupado, porque isso aconteceu várias vezes num fum de semana, sempre que chovia ele começava a chorar desesperadamente, passei então a observar o que poderia causar aquela reação e não viajei na semana seguinte, foi então que constatei na segunda feira a causa daquele transtorno, como não podíamos pagar empregada a minha esposa lavav, passava, cozinhava, cuidava da casa e da criança(vida folgada, não?)e, quando chovia ela disparava rumo ao quintal para tirar a roupa que estava no varal e o menino associou a chuva ao fato da sua mãe sair correndo e deixá-lo só e aquilo o apavorava, pedi, então, a ela que ainda que toda a roupa molhasse que não saisse correndo, deixasse a roupa molhar ou o levase junto. Pronto, isso acabou com o problema. Hoje fico imaginando como seria se não tivessemos tomado essa atitude, creio que teria um filho adulto com medo da chuva.

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  2. Nossa, amigo, você foi muito observador!!! Sabe que toda vez que vamos descer a escada, o Nico fala: "medo!" e estica os bracinhos pra que eu o pegue no colo, eu não entendo isso, pois até um mês ele descia sem colo, com uma mãozinha no corrimão, a outra segurando a de um adulto... Que será? Sabe que tenho pavor de escada, pois minha irmã teve uma fratura feia no braço ao cair dessa mesma escada com 7 anos... Será que estou passando esse medo pro Nico também, meu paizão?
    Beijos e obrigada pelo seu post!!!

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