domingo, 11 de outubro de 2015

Estado Laico Cristão.

Em primeiro lugar, escrevo sem fazer crítica ao cristianismo. 99% dos meus amigos são cristãos. Eu fui cristã. Acho que se Cristo de fato existiu ele foi um cara legal, que pregou o amor. Então as críticas não são à religião. Mas como vivemos num Estado Cristão, o que podemos perceber até nas cédulas de dinheiro, onde a padroeira é Nossa Senhora Aparecida, não tem como não misturar um pouco de religião no assunto, mas venho falar mesmo de ética.
O cristianismo, o hinduísmo, o budismo, o kardecismo pregam o amor e a caridade. E neste ano em especial, observei que as coisas estão acontecendo de forma contrária. Não vou falar de uma forma global, mundial, que dá muito assunto isso. Vou falar do meu mundinho. Pois é o nosso mundinho que reflete o Mundo maior.
Tudo o que vou falar ocorreu este ano, passeávamos eu e as crianças num parque, pedalando, quando vi que crianças, creio que adventistas, os 'desbravadores', caminhavam com placas escritas: "Doa-se abraços" e "Doa-se orações". Vi que inúmeras pessoas passavam e ignoravam aquelas crianças. Após algumas voltas por elas, resolvi parar. Falei que não era cristã, mas que precisava de seus abraços e orações. Elas ficaram meio perplexas quando eu disse que não era cristã. Mas me abraçaram e anotaram meu nome para suas orações. Vi que meu nome foi o único da lista de orações. Minha filha Melissa perguntou:
"Mãe, você é Bruxa! Está pedindo orações?"
Respondi: "Essas crianças estão aprendendo caridade, civilidade e amor ao próximo. Ninguém lhes deu atenção. Não está certo. E é bom que elas saibam que os não cristãos são pessoas como eles, boas também".
Tentei passar algo para aquelas crianças e para meus filhos também.

Uma colega nossa do hospital faleceu. E lá foi a Bruxa do nono andar representar a Clínica Médica na missa de sétimo dia! Uma amiga católica me abraçou após a missa e disse: "Só a Diva pra te fazer entrar numa igreja!" Pois é. Fui lá dar apoio à família, aos colegas e mostrar que nós funcionários lamentávamos a perda de uma grande colega. Até foi divertido, pois havia esquecido do 'senta e levanta' que era uma missa católica...

Meus meninos são cabeludos e roqueiros, por minha influência, estão na idade de gostar do que os pais gostam. Na escola a norma é: Meninos com cabelos no máximo até a altura dos ombros. E seguimos essa regra. Mas contando com meus dois filhos, Eduardo e Nícolas. Só há 3 cabeludos na escola.
Passando para a manhã, o Eduardo mudou de professora de educação física. Uma professora que também tem uma loja de materiais escolares. Ela sempre foi muito simpática comigo e com as crianças. Mas quando o Edu tornou-se aluno dela, as coisas mudaram de figura. Certo dia ela passou por mim dizendo que ia passar a tesoura nos cabelos dele. Levei na esportiva. Dei minha patada com elegância. Ela então disse que queria o moleque de cabelos presos nas aulas. E obedecemos: comprei tiara, faixa de cabelo e elásticos. Pensei que o problema foi resolvido. Mas por mais seis vezes, o Eduardo passou apuros com ela. Além de ameaças de passar a tesoura, sempre que um coleguinha aparava os cabelos, ela fazia questão de falar na frente do Edu: "Parabéns, fulaninho!!! Tá com cabelo de macho!!! Eu gosto!!!" Os colegas nunca zombaram do Eduardo por ser cabeludo. Ele é muito querido... agora uma mestra ia fazer bullling com meu filho? Ah não! Fui falar com a coordenadora, que felizmente achou um absurdo e tomou providências.
A professora tentou me abordar, raivosa, mas além de que eu mantive a calma, a coordenadora interferiu. E o Eduardo foi deixado em paz.
A Melissa estuda numa sala de mais 30 alunos. Ela não é santinha não, embora tenha sido muito elogiada pela professora do ano anterior. Ela é da turminha da bagunça. Como uma boa ariana. Eu já não topei muito as amiguinhas que ela andou levando em casa. Deixei claro isso pra ela, mas quando os pais dessas amiguinhas se separaram, disse para ela que já que ela já havia passado por isso, deveria dar apoio às amigas, que segundo ela andavam meio revoltadas.
Então há um mês, foram brincar de Verdade ou Desafio. 13 crianças voltaram para suas casas com advertência da escola. A Mel me omitiu a verdade do ocorrido e fui atrás. Liguei pra algumas mães, falei com a coordenadora e descobri que durante a brincadeira, a Melissa tomou tapas na cara de 10 crianças por não ter aceitado o desafio. Em princípio eu a castiguei duramente por ter tomado artigo na escola, depois fui sabendo de coisas, aos poucos. Fiquei sabendo que fui a única mãe que procurou a coordenação para saber do ocorrido. Fiquei sabendo que uma das mães estava unicamente preocupada, pois sua filha era bolsista. Conversei com amigas mães do meu trabalho, com uma amiga coordenadora escolar, conversei com a minha irmã. Até a opinião do pai dos meus filhos teve alguma utilidade. Li e reli com meus filhos o regimento escolar. Dias depois presenciei outra turma realizando a brincadeira sob as vistas da coordenadora e das inspetoras, rolou até mordida, depois fiquei sabendo que uma inspetora sugeriu uma brincadeira para as crianças chamada "Ai", que envolve agressão física... Foram muitos dias de acariações e cheguei a conclusão de que minha arteira Melissa desta vez estava inocente na história. E fiquei puta. Puta comigo, que a castiguei severamente. Puta com a escola. E fui lá. Falei que uma criança tomou tapas na cara de 10 alunos e ainda por cima foi punida pela mãe e pela escola, falei que se eu tivesse ido ao Conselho Tutelar e à uma delegacia a escola teria se complicado, falei que a Melissa era inocente e o pior: nenhuma criança se desculpou com a Melissa, nenhuma puta de mãe se desculpou comigo, como eu teria feito caso um de meus 3 filhos tivesse feito isso. A escola e a professora mantiveram a postura de que uma vez que ela aceitou a brincadeira também era culpada. Mesmo sob o forte argumento fornecido por minha irmã de que não há em lugar nenhum no estatuto da criança e do adolescente que diga que quando o menor consente com a agressão, ele deixa de ser inocente e passa a ser culpado. A escola se eximiu de qualquer culpa, ficando a Melissa a principal culpada.
Fui à reunião de pais, meia dúzia de gatos pingados. Escutei a palestra da psicóloga, que falava sobre  educação, obrigação dos pais e ouvi a professora falar por mais de uma hora ininterruptamente. E obriguei a Melissa a participar de tudo. Fui a única mãe a fazer a filha participar da reunião e não me arrependo. Farei mais vezes. Num dado momento, em que a professora encerrou sua longa fala, comecei a falar do ocorrodo. Falei por menos de 10 minutos com a proferssora tentando me interromper, observei mãe concordando comigo e a maioria querendo me matar, pois falei da pouca importância que elas deram pro ato de delinquencia de seus filhos, falei que eu, Grega, crio Homens de verdade, que meus meninos jamais bateriam numa colega, falei que no lugar delas estaria muito envergonhada, pois mesmo a minha filha não tendo culpa eu já estava envergonhada, falei que eu teria me desculpapo com  a mãe e feito meus filhos se desculparem, e após isso a professora bateu na tecla de quem entra numa brincadeira chamada Verdade ou Desafio está aceitando qualquer coisa. Quase mandei a professora tomar no olho do cú dela. Eu entrei várias vezes na infância nessa brincadeira e nunca apanhei, Não estava pré combinado tapas na cara, como não esteve com a Melissa. Mas levantei e fui embora. Fodam-se.
Semana da criança nas escolas... Olha o que aconteceu, um diálogo na íntegra que tive com a escola.
Determinaram que as crianças deveriam ir fantasiadas de princesa ou super herói. A Mel Vretos quer ir de zumbi, que aliás, ela já usou no carnaval, então ela me pediu pra ligar pra coordenação e perguntar. Uma senhorita muito educada me atendeu e disse: "Não pode, porque está ligado ao halloween e a escola não permite". 
Eu: "Nem estávamos pensando em halloween, mas enfim, qual é o problema do halloween?" 
Ela: "É que as mães não deixam." 
Eu: "Entendi... as mães cristãs não deixam... mas eu e meus filhos não somos cristãos, somos pagãos, politeístas, bruxos... ah, e o pai deles é candomblecista, como é que fica a nossa liberdade, já que as mães cristãs mandam na escola?" Ela pensou e respondeu: "Ah, é que essas coisas de halloween assusta as crianças do jardim". 
Pensei: "Claro, todos sabem que usamos criancinhas em rituais de magia negra, depois as comemos" (quase falei isso). 
Só respondi: "Gostaria de que o tema sobre diversidade religiosa fosse trabalhado na escola, pois nós bruxos não temos nada contra os cristãos e gostaríamos que fosse recíproco" (aliás, não só esse tema). "Bem, se minha filha for uma zumbi discreta pode?"
 "Ah sim, claro!" Bom, depois dessa a Melissa desistiu. Ficou brava comigo, com a escola, com o mundo...
(Comentário à parte, ontem, quando fui buscar os menores, um grupo de adolescentes, dos grandões, estavam numa rodinha em frente à escola tocando violão e cantando. Não faziam muito barulho, estavam discretos, nem percebi que eles cantavam músicas evangélicas, vi apenas que eles cantavam. Não era funk, ou algo que pudesse ferir os ouvidos mais sensíveis. Pra mim, era cultura. Foram escorraçados de lá por uma das inspetoras. Achei muito triste a cena.
Mudar de escola? Não, vou encher o saco deles, que é o que eu faço melhor).


Bom, a Mel, como boa ariana que faz o que quer levou sua roupa de zumbi pra escola e foi maquiada pela professora. E, querendo as mãe cristãs ou não, ela fez o que quis.
Então mandei para a psicóloga o seguinte e-mail, como sugestão: 
"Prezada XXXXX e coordenadoras YYYYYYYY e ZZZZZZ,
Esse ano e talvez nos próximos vou ‘alugar’ vocês.
Este ano o Eduardo, do 6ºAF sofreu alguns constrangimentos por conta dos cabelos compridos (constrangimentos estes causados por uma mestra e não pelos colegas), que foi resolvido pela Patrícia (agradeço profundamente). E em 08/10 ocorreu um fato, o qual eu gostaria de narrar na íntegra:
Semana da criança. Determinaram que as crianças deveriam ir fantasiadas de princesa ou super herói. A Mel Vretos quis ir de zumbi, que aliás, ela já usou no carnaval, então ela me pediu pra ligar pra coordenação e perguntar. Uma senhorita muito educada (Renata) me atendeu e disse: "Não pode, porque está ligado ao halloween e a escola não permite, não trabalhamos com halloween".
Eu: "Nem estávamos pensando em halloween, mas enfim, qual é o problema do halloween?" Ela: "É que as mães não deixam."
Eu: "Entendi... as mães cristãs não deixam... mas eu e meus filhos não somos cristãos, somos pagãos, politeístas, bruxos... ah, e o pai deles é candomblecista, como é que fica a nossa liberdade, já que as mães cristãs mandam na escola?"
Ela pensou e respondeu: "Ah, é que essas coisas de halloween assustam as crianças do jardim". Pensei: "Claro, todos sabem que usamos criancinhas em rituais de magia negra, depois as comemos" (quase falei isso).  Bruxas são malvadas e halloween é coisa de americano...
Só respondi: "Gostaria de que o tema sobre diversidade religiosa fosse trabalhado na escola, pois nós bruxos não temos nada contra os cristãos e gostaríamos que fosse recíproco" (aliás, não só esse tema). "Bem, se minha filha for uma zumbi discreta pode?"
"Ah sim, claro!"
Bom, depois dessa a Melissa desistiu. Ficou brava comigo, com a escola, com o mundo, ficou nervosinha...”
Após isso novamente ligamos e falamos com a Patrícia, que novamente instruiu uma maquiagem discreta. Então a Melissa foi de uniforme, levou a fantasia na mochila e foi maquiada pela professora Terezinha. Ficou bem legal por sinal.
Outro fato que eu gostaria de contar foi que no dia 07/10, por volta das 17:45, alunos do ensino médio, uns 5, fizeram uma roda em frente à escola e tocavam violão, catavam baixo, num volume que não incomodava. E eram músicas evangélicas. Não sou cristã, logo não sou fã de canções evangélicas, porém, acho que eles estavam expressando arte em frente à escola. Não estavam fumando, se beijando na boca, cantando funk, estavam de uma maneira muito bonita expressando arte. E foram tocados de lá pela inspetora.  Fiquei muito triste, pois todos concordamos que seria ótimo se tivesse aulas de música nas escolas.

Certa vez fui pedalar com as crianças num parque e ao longe vi crianças adventistas com cartazes escritos: “Doa-se orações” e “Doa-se abraços”, dei 3 voltas por essas crianças e vi que elas eram completamente ignoradas pelas centenas de pessoas que passaram (imagino que em sua maioria eram cristãs), na quarta volta, desci da bike e pedi abraços e orações para aquelas crianças.
A Melissa perguntou: “Você é Bruxa, mãe! Tá pedindo orações?”
Respondi: “Essas crianças estão aprendendo caridade e civilidade e eu estou correspondendo. Milhares de cristãos passaram por elas e as ignoraram. Não está certo. E eu falei pra elas que eu não sou cristã, mas que aceitava seus abraços e orações, para que elas entendam que os não cristãos também são legais, do bem”.
Hoje, Selma, você viu uma menininha me abordando com simplicidade sobre meu colar, com símbolo pagão e respondi com a mesma simplicidade. Espero que ao contar para a mãe dela que conheceu uma Bruxa, que a mãe dela não estrague tudo com comentários preconceituosos, embora o provável é que isso aconteça.
Então escrevo isso porquê? Porque vivemos num “Estado Laico” cheio de preconceitos, inclusive religiosos. Nesse ponto, a escola tem um papel muito importante, pois a necessidade de conscientizar os pais é maior que a de conscientizar os filhos.


Certo ano, meu filho trouxe da escola uma proposta muito interessante, era o Livro de Valores”, onde escreveríamos os valores que passamos para os nossos filhos, esse livro passaria por todos os pais, depois voltaria para que escrevêssemos que valores nossos filhos aprenderam ao longo do ano.  Achei interessante relatar que meu filho tem uma mãe de religião pagã (porque é algo que não é comum) e que nesta religião ensinamos o respeito aos animais, à natureza, ao alimento que ingerimos, aos anciãos, enfim, que tudo para nós é sagrado. Quando o livro voltou para mim, tive uma surpresa, pois algumas mães, principalmente a que escreveu depois de mim, escreveram de uma forma que parecia que estavam ofendidas e me mandando recado: “meu filho teve a honra de nascer num lar cristão” ...  (Como se nascer num lar pagão fosse uma desonra, uma vergonha, uma desgraça).

Enfim, sugiro para as palestras do ano que vem, as quais pretendo ir, embora elas aconteçam na maioria das vezes em horário em que trabalho, que se aborde o tema DIVERSIDADES. Nós vivemos numa época em que as diversidades estão a mil! Os negros estão assumindo o cabelo black, casais gays adquiriram o direito ao casamento, à adoção, meninos cabeludos não são necessariamente gays (e se forem, qual o problema?), as pessoas estão mudando de sexo através de cirurgias, pessoas que usam tatuagens não são drogadas. As famílias não são as mesmas, os pais estão se divorciando, enfim, está na hora de os adultos aceitarem isso, pois nossos filhos estão vivendo essa fase e eles têm que enxergar com naturalidade e respeitar, ao menos. As pessoas não tem que brigar e se manifestar por Respeito. Elas tem que ser respeitadas e ponto. E as pessoas da nossa faixa etária pra cima são muito, mas muito preconceituosas.

Agora em relação ao halloween, que é uma festa largamente comemorada nos EUA, eu vou dizer o seguinte:
“Samhain (pronuncia-se Sou-ein), festejado em 31 de outubro no hemisfério Norte e em 1º de maio no hemisfério Sul, é o Ano-Novo dos Bruxos. Esse dia sagrado é conhecido por inúmeros nomes. Para muitos, talvez, o mais conhecido seja Halloween. Para nós, Bruxos, é a festa na qual honramos nossos ancestrais e aqueles que já tenham partido para o País de Verão (aliás, os católicos comemoram o Dia de Finados e os Budistas também reservam o dia dos seus ancestrais, bem como outras religiões).
Essa é a noite em que o véu que separa o mundo material do mundo espiritual encontra-se mais fino e o contato com nossos ancestrais torna-se mais fácil. É também o momento tradicional para celebrar a última das colheitas e se preparar para o Verão.
O poder de magia pode ser sentido no ar, nessa noite. O Outro Mundo se coaduna com o nosso conforme a luz do Sol baixa e o crepúsculo chega. Os espíritos daqueles que já partiram para o outro plano são mais acessíveis durante a noite de Samhain”.

No dia 31 de outubro, celebramos aqui no hemisfério sul Beltane: “Na Religião Antiga, a palavra "fertilidade" significa o desejo de produzir mais nas fazendas e nos campos e não a atividade erótica por si só.

Beltane celebra também o retorno do sol (ou Deus Sol), e é um dos poucos festivais pagãos que sobreviveu da época pré-cristã até hoje e, em sua maior parte, na forma original”.

Pra vocês, isso é mitologia, para mim, meus filhos (Mel e Nico, pois o Eduardo creio que será ateu) e a comunidade pagã no Brasil e no mundo, isso é religião.  Então, eu acho um absurdo, uma discriminação, que mães cristãs, se incomodem com isso e se movimentem contra.
Até o dia do Saci, que mudaram propositalmente para o dia 31 de outubro (para abafar o Dia das Bruxas que vinha tomando força no Brasil) tem suas origens controversas, em que muitos creem que sejam europeias pagãs também (outros não). Eu e professores de história debatemos muito sobre isso, alguns de acordo comigo, outros não, e não chegamos a um consenso. Por fim, todas, TODAS, as festas católicas tem origens pagãs, inclusive a data que definiram como o nascimento de Cristo.
Sendo o Colégio da Polícia Militar Laico, assim espero, eu humildemente sugiro que estes aspectos sejam trabalhados.
Dias atrás até pensaram na hipótese de convidar meu pai Grego para falar sobre mitologia grega, mas além de idoso e estar com a memória um pouquinho falha, ele é Cristão Ortodoxo, então pouco se recorda sobre o assunto Deuses Gregos. Eu porém, sei muito sobre Deuses gregos, egípcios e hindus, mas jamais me proporia a ir à escola palestrar sobre o tema, com medo de ser apedrejada ou posta em fogueira pela Santa Inquisição de mães fanáticas. (Brincadeira).

Outra sugestão que tenho, é a seguinte: quando eu era estudante, tivemos uma aula com um bombeiro sobre como atravessar a rua. Parece besteira, mas os pedestres de hoje atravessam a rua entretidos com whats app, não olham para os lados antes de atravessar, fora os que não sabem que existe calçada! Quando veem um carro dando ré para entrar em sua garagem (eu sofro com isso), não esperam! Eles não sabem que podem estar no ponto cego do retrovisor e podem ser pegos pelo carro! Não sabem que nunca devem atravessar na frente de ônibus, vans, peruas e micro-ônibus! Há pais bombeiros na escola, não há?

Outro fato que tenho visto causar polêmica é sobre a vacinação contra o HPV:



Há mães e pais achando que isso é um incentivo para que as meninas novinhas saiam por aí tendo relações sexuais! Eu já vi esses comentários em redes sociais!
Pelos Deuses!!! Abençoado seja quem criou essa vacina!!!  Ainda não temos vacina contra o vírus da AIDS, mas temos contra o vírus do HPV, isso não é maravilhoso???

Bom, texto longo, mas acho que há coisas pra se aproveitar dele! Desculpe ter tomado seu tempo, mas espero que lhe dê boas idéias.

Atenciosamente,

Cynthia Vretos"

Neste dia em que pedi à psicóloga da escola seu e-mail, uma menininha de cerca de 10 anos interrompeu nossa conversa ao olhar meu olhar de símbolo pagão:
"Esse colar abre?"
"Não abre.  É um colar de bruxa,"
Ela arregalou os olhos.
"Você tem vassoura?"
"Sim."
"Você tem varinha?"
""Não exatamente."
"Você tem caldeirão?"
"Sim"
"Você voa na sua vassoura?"
"Não. Eu uso a minha vassoura para varrer as energias negativas e pra outras coisinhas, mas não voo"
Ela me perguntou com simplicidade e eu procurei responder com simplicidade também. Espero que quando ela contar para a mãe dela que conheceu uma Bruxa, esta não estrague tudo. O que é provável que fará.

Por que escrevi como título desta postagem Estado Laico Cristão?
Porque vivemos num Estado nada laico, um Estado cristão, onde as pessoas que tenho visto que tem mais ética são as não cristãs ou os ateus.
Sejam cristãos! Sejam ateus, sejam bruxos, budistas, islamitas, ou qqer porra que quiserem ser, mas tenham ética!!! Tenham educação, cuidem para que a convivência seja boa!!!